Introdução. O trabalho de assistência realizada por telefone recebeu pouca atenção, exceptuando nos serviços de urgência, ainda que ocupe uma parte importante do nosso trabalho diário. Objectivo. Estudar o volume e conteúdo das consultas telefónicas numa Unidade de Neuropediatria hospitalar. Métodos. Análise prospectiva de todas as chamadas recebidas durante um ano na consulta, dentro do horário normal de trabalho.
Resultados Recebem-se 150200 chamadas mensais, que diminuem nas épocas estivais. Constitui um volume de assistência equiparável a dois terços das consultas de presença física, durante o mesmo período, e ocupam aproximadamente 10% do trabalho diário habitual. Os processos que originam mais chamadas são: epilepsia (40%), atraso mental (19%), paralisia cerebral (11%). A frequência dos restantes é inferior a 5%. Estas percentagens e as de hidrocefalia, autismo e espinha bífida, são semelhantes aos encontrados na consulta, enquanto que as chamadas por cefaleias, afasias de desenvolvimento, hiperactividade, síncopes etc, têm metade da percentagem esperada. As miopatias produzem o dobro das chamadas em relação ao esperado. Há cinco diagnósticos que influenciam significativamente a frequência mensal de chamadas: epilepsia, atraso mental, hiperactividade, enxaqueca e autismo. Quem telefona é sobretudo a família (49%) mas depende do motivo e do diagnóstico. O motivo principal é a sintomatologia da doença. O tratamento origina 7% das chamadas, e as consultas 19,5%, independentemente do diagnóstico. Conclusão. Na nossa especialidade é conveniente reconhecer e formalizar este aspecto do nosso trabalho, se pretendermos gerir eficazmente a assistência médica
Palabras claveAssistência neuropediatricaProcura de assistência médicaCategoriasCalidad, Gestión y Organización Asistencial
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