Objectivo. Efectuar uma revisão bibliográfica dos últimos 20 anos dos artigos indexados na MEDLINE sobre o tratamento farmacológico da agitação no traumatismo crânio-encefálico. Desenvolvimento. O traumatismo crânio-encefálico pode ocasionar distintas alterações de conduta, sendo a agitação a mais dramática de todas. A incidência de agitação após traumatismo crânio-encefálico grave varia, segundo os estudos, entre 11 e 50%. Esta incidência é suficientemente elevada para necessitar de um tratamento específico. O tratamento farmacológico tem um resultado variável. Entre estes, as benzodiazepinas são úteis quando existe perigo iminente de lesão a terceiros ou a si mesmo, ou quando o comportamento agressivo dificulta os cuidados médicos. Os antipsicóticos estariam indicados apenas em caso de agitação como uma emergência clínica no traumatismo craniano, e neste caso seria preferível utilizar os de potência elevada, tais como o haloperidol, devido ao seu menor efeito sedativo. Também seriam eficazes se houvesse clinicamente sintomatologia semelhante aos sinais clássicos de esquizofrenia. Os antiepilépticos foram utilizados com bons resultados para tratar a agitação-agressividade, em especial nas perturbações paroxísticas do comportamento. Discutem-se também outros tratamentos utilizados na agitação pós-traumática. Conclusões. Não existe um consenso no colectivo médico no tratamento da agitação pós-traumática do traumatismo crânio-encefálica. Contudo, relativamente a certas características da agitação, podem recomendar-se diferentes tratamentos farmacológicos.
Palabras claveAgitaçãoBenzodiazepinasTratamentoTraumatismo crâfálicoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTraumatismos
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