Introdução. A estimulação tempestiva é conhecida como uma intervenção terapêutica necessária e útil, encaminhada para desenvolver ao máximo o potencial psico-físico social de qualquer criança com elevado nível de alto risco ambiental e/ou biológico. É a este último grupo que pertencem as crianças portadoras de paralisia cerebral (PC), afecção do sistema nervoso central que pode causar atraso nos processos de maturação do dito sistema, expressando-se, desde os primeiros dias de vida da criança, como um atraso do desenvolvimento psicomotor. Objectivo. Demonstrar a eficácia da estimulação tempestiva nas crianças diagnosticadas com PC e atraso do se desenvolvimento psicomotor. Doentes e métodos. Realizou-se um estudo retrospectivo numa amostra de 20 crianças com este diagnóstico, hospitalizadas no CIREN (Cuba), com idades compreendidas entre os 9 e os 41 meses, às quais foi oferecido tratamento por parte de uma equipa interdisciplinar, aplicando um programa de Estimulação Tempestiva num período de 1 a 3 meses. Tomaram-se as avaliações realizadas pelo Departamento de Neuropsicologia, no início e no final da etapa de tratamento, utilizando a Escala para medir o desenvolvimento psicomotor da primeira infância Brunet-Lezine (primeira parte).
Resultados Em todos os doentes constatou-se uma evolução favorável com incorporação de novas aquisições, um rendimento superior ao observado no início da estimulação e uma aceleração no seu ritmo de desenvolvimento durante o período de tratamento. Conclusão. Os doentes portadores de PC e atraso no desenvolvimento psicomotor beneficiam da aplicação de um programa de estimulação tempestiva.
Palabras claveDesenvolvimento psicomotorEscala Brunet-LezineEstimulação tempestivaParalisia cerebral
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