Introdução. Na doença de Alzheimer, juntamente com as alterações cognitivas (perda de memória, desorientação temporo-espacial, disexecução, etc.), aparecem uma série de manifestações ‘não cognitivas’ as quais afectam gravemente o ajuste comportamental e emocional do doente. Depressão, ideias delirantes, alucinações ou alterações comportamentais (hábitos sexuais, alimentares, motores)são algumas das manifestações mais frequentes nesta doença, desde os seus primeiros estádios. Diversos estudos descreveram como, inicialmente, as alterações histopatológicas envolveram de forma selectiva diversas estrutura do lobo temporal mediano (córtex entorrinal, formação do hipocampo, amígdala) e a sua acção amplia-se pouco a pouco até áreas de associação neocorticais. Assim, o complexo amigdalino, uma estrututra relacionada com os processos mnésicos e de controlo emocional, encontra-se gravemente afectado nesta doença desde as suas fases iniciais. Doentes e métodos. A fim de contrastar as possíveis relações entre a afectação da amígdala e a expressão psiquiátrica da doença de Alzheimer, efectuou-se um estudo radiológico, por ressonância magnética, e neuropsicológico num grupo de 24 indivíduos com demência tipo Alzheimer e deterioração ligeira-moderada. A análise da área da amígdala e as pontuações no Subtest Alzheimer’s Disease Assessment Scale-Non Cognitive foram as variáveis seleccionadas para medir os aspectos anatómicos e psiquiátricos nos indivíduos em estudo. Resultados e conclusões. Os resultados procedentes do nosso trabalho evidenciam a existência de uma forte relação entre a afectação da amígdala (atrofia) e a presença de alterações neuropsiquiátricas em indivíduos com doença de Alzheimer.
Palabras claveDoença de AlzheimerMorfometriaRessonância magnéticaSintomas psiquiátricosCategoriasDemenciaNeurodegeneraciónNeuropsiquiatríaPatología vascular
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