Introdução. Aproximadamente 20% dos doentes epilépticos são controlados adequadamente com os fármacos antiepilépticos disponíveis. Alguns sofrem de síndromas epilépticos potencialmente tratáveis por cirurgia. Desenvolvimento. Os avanços tecnológicos aplicados aos métodos de diagnóstico e terapêuticos melhoraram a capacidade de identificação dos doentes epilépticos que possam beneficiar de cirurgia., Em 80% dos casos, doentes com epilepsias focais sintomáticas, com lesões delimitadas ficaram livres de crises, após a ressecção da lesão ou do foco epileptogénico. Outras formas de epilepsia grave, como as chamadas catastróficas da infância, também podem aliviar-se temporariamente mediante técnicas como a hemisferectomia ou a callosotomia. A morbilidade e mortalidade dos procedimentos cirúrgico são mínimos. Os resultados dependem da selecção correcta dos doentes, para a qual se deve utilizar um protocolo de avaliação rigoroso, em que é imprescindível a colabroação de uma equipa multidisciplinar composta por neurologistas e neuropediatras epileptólogos, neurofisiologistas, especialistas em neuroimagem, neuropsicológos, psiquiatras e neurocirurgiões. É necessário esclarecer três perguntas-chave: Quem é um bom candidato? Como se deve efectuar a selecção? E qual o momento de realização da avaliação? Conclusões. Presentemente, a cirurgia da epilepsia é claramente pouco utilizada, sendo necessário promover o desenvolvimento de unidades especializadas capazes de realizar a selecção dos doentes e o seu tratamento, favorecendo o desenvolvimento de caminhos, para que os doentes possam aceder com facilidade a estes cuidados altamente especializados.
Palabras claveCirurgiaPrognósticoTratamento cirúrgicoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeurocirugía
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