Introdução. Nos últimos anos questionou-se muito se as alterações mnésicas que podem aparecer após um traumatismo crânio-encefálico (TCE) ligeiro se apresentam como défice transitório ou podem manter-se como sequelas permanentes. Objectivo. Estudar a existência ou não de alterações mnésicas no TCE ligeiro e sua evolução ao longo do primeiro ano. Doentes e métodos. 60 indivíduos adultos de ambos os sexos com TCE ligeiro estudados em quatro momentos evolutivos (durante os primeiros sete dias, ao fim de um mês, aos seis meses, e ao ano de tratamento), que cumpriam os critérios de Mild Traumatic Brain Interdisciplinary Special Interest Group of the American Congress of Rehabilitation Medicine, e 60 indivíduos adultos normais com características demográficas similares. Material: escalas clínicas para medir a gravidade do TCE, testes de rastreio cognitivos e provas neuropsicológicas mnésicas que medem a aprendizagem verbal, a memória verbal lógica imediata e demorada, a memória visuoespacial e visuoconstrutiva. Análises estatísticas: ANOVA de medidas repetidas e provas a posteriori Scheffe F-test. Conclusões. Nestes doentes, a memória é afectada pelo menos durante a primeira semana após o traumatismo. A memória virtual lógica imediata e demorada e a memória visuoconstrutiva mostram ao mês rendimentos cognitivos similares ao grupo de controlo. A aprendizagem e a capacidade de retenção auditiva verbal de uma lista de palavras continuam alterados um ano após o traumatismo.
Palabras claveAprendizagem verbalMemória imediata/demoradaMemória verbal lógicaMemória visuoconstrutivaMemória visuoespacialTraumatismo crânio-encefálico ligeiroCategoriasTraumatismos
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