Introdução. Vários autores estudaram, por Doppler transcraniano (DTC), as alterações que se produzem na hemicrania, observando-se um aumento da velocidade média (VM) relativamente aos controlos. Pelo contrário, os estudos da cefaleia de tensão são escassos. Objectivo. Determinar por DTC possíveis diferenças na VM e índice de pulsatilidade (IP) entre doentes com hemicrania e cefaleia de tensão episódica. Doentes e métodos. Estudaram-se, por DTC (Multi-Dop P/TCD DWL), 26 doentes com hemicrania, 30 com cefaleia de tensão episódica (critérios da IHS) e 21 controlos. Determinou-se a VM e IP das artérias cerebrais médias a uma profundidade de 50-60 mm. Realizou-se uma análise estatística uni-bivariante através do programa informático SPSS.
Resultados As VM foram: 75,92 cm/s na hemicrania, 65,96 cm/s na cefaleia de tensão episódica, 72,28 cm/s no grupo de controlo (diferenças estatisticamente não significativas: NS). Os IP foram: 0,80 na hemicrania e 0,76 nos controlos e cefaleia de tensão (NS). Da mesma forma não se observaram diferenças ao comparar directamente a VM da hemicrania e cefaleias de tensão episódica (p=0,067). Calculou-se o número teórico necessário de doentes a estudar para obter uma tendência estatisticamente significativa, obtendo-se um valor de 44 para cada grupo. Conclusões. 1) Não se acharam diferenças estatisticamente significativas, presumivelmente por um problema de potência estatística, dado que se observa uma tendência para maior velocidade no grupo com hemicrania; 2) São necessários mais estudos com maior número de doentes para avaliar as diferenças entre a hemicrania e cefaleia de tensão episódica.
Palabras claveCefaleia de tensãoCefaleias primáriasHemicraniaÍndice de pulsatilidadeVelocidade médiaCategoriasCefalea y MigrañaDolor
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