Introdução. A medida da eficácia terapêutica na esclerose múltipla depende do seguimento clínico dos doentes e do seguimento das modificações da ressonância magnética. Não existem marcadores biológicos e a medição das interleucinas e outros mediadores da inflamação não foram úteis no seguimento clínico destes doentes. A resposta dos astrócitos a esses mediadores de inflamação foi modificações na sua capacidade de comunicação intercelular. Objectivo. Comprovar se a cultura de astrócitos com soro de doentes com esclerose múltipla numa situação clínica e terapêutica distinta dá lugar a alterações na comunicação intercelular. Doentes e métodos. As culturas de astrócitos com soro de três doentes não tratados, com surto clínico da doença são comparadas com a cultura de soro desses mesmos doentes após terem sido tratados durante um ano com interferão.
Resultados Nas culturas de astrócitos, o soro de doentes com surto da doença e sem tratamento com interferão mostra uma diminuição estatisticamente significativa da comunicação intercelular em comparação com o soro desses mesmos doentes após terem recebido tratamento com interferão durante um ano (*p<0,05; ** p<0,01; **p<0,01). Conclusão. A medição das alterações da comunicação intercelular de astrócitos em cultura poderia utilizar-se como marcador de actividade inflamatória no soro de doentes com esclerose múltipla e, por tanto, como indicador de eficácia terapêutica.
Palabras claveAstrócitosComunicação intercelularEsclerose múltiplaInterferão betaUnião intercelular“Gap junctions”CategoriasCalidad, Gestión y Organización AsistencialEsclerosis múltiple
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