Objectivo. Até há poucos anos, os estudos epidemiológicos sobre epilepsia não foram muito frequentes. A falta de conhecimento de conceitos epidemiológicos e de um critério comum de elaboração dos inquéritos estiveram provavelmente na base disso. Felizmente, nos últimos anos foram publicados numerosos estudos, tanto em países industrializados, como em vias de desenvolvimento, em diferentes grupos etários e abrangendo todos os aspectos da epilepsia. Tratamos de expor os principais conceitos de neuroepidemiologia e os métodos de avaliação epidemiológica com aplicação na epilepsia. Desenvolvimento. São expostos os critérios de planificação de um estudo epidemiológico que abrange a conceitualização do problema, a selecção do modelo e dos métodos e finalmente o tratamento dos dados e a interpretação dos resultados. É analisada a amostra objecto do estudo e as variáveis do mesmo. São definidos os conceitos de ensaio clínico, ensaio de campo, estudos transversais, amostragem, estudo de grupos, caso controlo, meta-análise, sensibilidade e especificidade de uma prova. São expostas as definições e os critérios básicos da Liga Internacional Contra a Epilepsia para iniciar um estudo epidemiológico da epilepsia. Finalmente, são revistos os mais recentes estudos epidemiológicos, com especial ênfase para os efectuados no nosso meio. Conclusões. Os estudos epidemiológicos são fundamentais para estabelecer conclusões e avanços na investigação da epilepsia. O apoio de um epidemiologista é básico.
Palabras claveEpidemiologiaIncidênciaPrevalênciaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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