Introdução. Desde a aplicação da medicina técnica pelos gregos, a neurologia moderna baseia-se num corpo de conhecimentos e numa bagagem cultural herdada desde a antiguidade. Neste trabalho, é revisto o contributo de Al-Andaluz na neurociência durante a idade média e sua repercussão na neurologia moderna. Desenvolvimento. Após a morte de Maomé, no século vii d.C., o Islão teve um dos mais espectaculares períodos de expansão na história da humanidade. A ocupação das cidades de Alexandria e Gundishapur pôs os árabes em contacto com manuscritos greco-latinos originais, os quais foram assimilados e divulgados por cientistas islâmicos, tanto nos califados do médio oriente de Damasco e Bagdad, como os ocidentais de Al-Andaluz (Espanha) e Kairwan (Tunes). Esta medicina clássica hipocrático-galénica foi reformulada durante o denominado galenismo arabizado, que influiu notoriamente nos escolásticos e no mundo cultural do período da baixa idade média e constituiu a base da medicina europeia até bem dentro do Renascimento. Em al-Andaluz houve um primeiro Renascimento cultural espanhol durante os séculos ix-xii, no princípio do qual a medicina europeia registou um florescimento desconhecido até então na idade média. Os médicos andaluzes contribuiram de forma importante para o corpo de conhecimentos da neurociência e desenvolveram conceitos filosóficos importantes para o entendimento do intelecto humano. Assim, Albucasis (936-1013), pai da cirurgia moderna, desenhou material e técnicas de neurocirurgia actualmente ainda em uso. Averróis insinuou a síndroma de Parkinson e atribuiu o papel foto-receptor à retina. Avenzoar descreveu a meningite, as tromboflebites intra-cranianas e os tumores do mediastino, e contribuiu para a moderna neurofarmacologia. Maimónides escreveu sobre doenças neuropsiquiátricas e descreveu a raiva e a intoxicação por beladona. Conclusão. Independentemente das diferenças políticas, religiosas e culturais que então havia entre Al-Andaluz e os reinos cristãos da península Ibérica, o período histórico andaluz (711-1492) constitui uma das páginas mais brilhantes da história da neurociência espanhola.
Palabras claveAl-AndaluzAverróisHistória da neurociênciaCategoriasNeurociencia básica
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