Introdução. A Listeria monocytogenes é um microrganismo com especial tropismo para o sistema nervoso central. Uma das suas manifestações clínicas mais frequentes é a infecção meníngea. O objectivo deste estudo é descrever as características epidemiológicas, clínicas, analíticas e implicações terapêuticas. Doentes e métodos. Análise retrospectiva de quatro doentes que deram entrada com o diagnóstico de infecção meníngea, com cultura de líquido cefalorraquidiano positiva (LCR) para L. monocytogenes, seguidos no nosso centro entre 1 de Janeiro de 1996 e 31 de Dezembro de 2000.
Resultados O índice global de meningite por L. monocytogenes na província de Segóvia é similar à publicada nos Estados Unidos e na Europa (seis casos por milhão de habitantes/ano). Todos os doentes eram homens, com idades compreendidas entre 19 e 79 anos. A forma de apresentação mais frequente foi síndroma meníngea. A análise do LCR evidenciou pleocitose, hiperproteinorraquia e hipoglicorraquia. A coloração de Gram foi negativa em todos os casos. O tratamento empírico inicial foi correcto em dois dos quatro doentes. O alcoolismo e a diabetes mellitus constituíram os únicos factores predisponentes encontrados. A evolução foi favorável nos quatro casos. Conclusões. Destaca-se a dificuldade de diagnóstico de meningite por L. monocytogenes, provavelmente com base na baixa especificidade dos sintomas de apresentação, a variabilidade dos resultados da análise do LCR e o baixo rendimento da coloração de Gram. A importância da suspeita clínica é fundada na necessidade de instituir um tratamento antibiótico específico para melhorar o seu prognósticom staining is of little use.
Palabras claveMeningiteNeurlisterioseCategoriasInfecciones
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