Introdução e objectivos. A cirurgia da epilepsia converteu-se numa importante alternativa terapêutica para os doentes com epilepsia resistente ao tratamento farmacológico. Este trabalho pretende rever o papel da Neuropsicologia Clínica nos programas de cirurgia da epilepsia, concretamente nas intervenções dirigidas a aliviar a epilepsia do lobo temporal resistente a fármacos. Desenvolvimento. Expomos em primeiro lugar as funções que o neuropsicólogo clínico realiza com os doentes. Posteriormente, mostramos as principais propostas internacionais e nacionais de avaliação. Por fim, mostramos os principais achados conseguidos pela investigação neuropsicológica dentro das funções desempenhadas na abordagem da lobectomia temporal. Assim, mostraremos as principais características pré-cirúrgicas dos candidatos à cirurgia, incluindo as áreas cognitivas e da personalidade. Da mesma forma, exporemos os achados relativos à capacidade de localização e lateralização do foco epileptogénico e de previsão dos resultados e consequências neuropsicológicas da intervenção. Por último, abordaremos a descrição das consequências cognitivas e, em particular as mnésicas, da lobectomia temporal. Conclusões. Da revisão da literatura depreende-se a importância do trabalho de cooperação do neuropsicológo clínico dentro dos programas de cirurgia na epilepsia, estudando os doentes pré e pós-cirurgicamente e assessorando no prognóstico cirúrgico. Além disso, destaca-se o papel da Neuropsicologia Clínica na previsão das consequências neuropsicológicas pós-cirúrgicas.
Palabras claveEpilepsia do lobo temporalLobectomia temporalMemóriaNeuropsicologia clínicaPrevisão de mudançaProtocolos de avaliação neuropsicológicaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropsicología
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