Objectivo. Determinar a prevalência de oito doenças neurológicas (hemicrania, doença vascular cerebral, perturbações do movimento, neuropatias periféricas, atraso mental, epilepsia, demência e sequelas de traumatismo crânio-encefálico) na região oriental da Colômbia. Doentes e métodos. Por aplicação do protocolo neuroepidemiológico da Organização Mundial de Saúde (OMS), modificado pelo nosso grupo, juntamente com um inquérito para determinar sequelas do traumatismo crânio-encefálico e o exame mental abreviado (Minimental), foram entrevistadas pessoas residentes nos municípios de Bucaramanga, Piedecuesta e Aratoca. Os indivíduos suspeitos de doença neurológica e com idade superior aos 12 anos foram avaliados por neurologistas, e os menores de 12, por um neuropediatra.
Resultados Na região oriental foi inquirido um total de 1.454 indivíduos, 454 dos quais suspeitos de doença neurológica (31,2%), que se confirmou em 437 indivíduos (30,1%). Os resultados específicos por doença neurológica, com os respectivos intervalos de confiança (entre parênteses), foram: hemicrania: 198,8 (178,7-220,4); neuropatias periféricas: 26,8 (19,4-36,9); epilepsia: 22,7 (15,9-32,1); demência: 17,9 (11,9-26,5); doença vascular cerebral: 17,2 (11,4-25,7); atraso mental e do desenvolvimento neurológico: 15,1 (9,7-23,2); doenças extra-piramidais: 8,3 (4,5-14,8); sequelas de traumatismo crânio-encefálico: 6,9 (3,5-13,1). Conclusões. Estes resultados obtidos, com uma versão modificada do protocolo da OMS, com a inclusão da demência e sequelas do traumatismo crânio-encefálico, permitiram definir políticas e programas de saúde dirigidos ao controlo e tratamento das doenças neurológicas prevalentes neste sector oriental da Colômbia
Palabras claveColômbiaDemênciaNeuroepidemiologiaTraumatismo crânio-encefálicoCategoriasDemenciaNeuropsiquiatríaTraumatismos
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