Original

Primeira crise tónico-clónica generalizada: implicações de diagnóstica, prognóstico e terapêutica

M. Falip, R. Rovira, M. Gratacós, C. Lluís, S. Pérez-Pérez, Ll. Padró [REV NEUROL 2002;34:924-928] PMID: 12134320 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3410.2001521 OPEN ACCESS
Volumen 34 | Número 10 | Nº de lecturas del artículo 7.829 | Nº de descargas del PDF 821 | Fecha de publicación del artículo 16/05/2002
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. Este estudo pretende determinar o risco de recidiva em doentes com crise tónico-clónica generalizada inaugural (CGTC) e estabelecer em que casos está indicado iniciar tratamento anti-comicial na primeira crise. Doentes e métodos. 175 doentes, não conhecidos, epilépticos, que consultaram os serviços de Urgências dos hospitais Vall d’Hebron. Os doentes foram subdivididos em três grupos: segundo o grau de suspeita clínica de ter sofrido uma CGTC. Foram excluídos do estudo aqueles doentes que apresentaram um episódio de baixa suspeita clínica, com EEG e EEG com privação de sono normal, e aqueles que apresentavam outra causa de perda de consciência (16). Não se excluíram os doentes com episódios prévios sugestivos de mioclonias, ausências ou perdas de conhecimento.

Resultados A percentagem de recidiva após um seguimento de dois anos nos doentes não tratados foi de 66%, e nos tratados foi de 46%, e a diferença foi estatisticamente significativa. Os doentes foram divididos segundo o tipo de crise sofrida: crise parcial secundariamente generalizada, crise primária generalizada ou crise não localizada; não obtivemos diferenças no que diz respeito ao risco de recidiva. Em relação à etiologia, as epilepsias provocadas apresentam um risco de recidiva significativamente inferior às restantes etiologias (sintomáticas, idiopáticas ou criptogénicas e genéticas). São factores de prognóstico: o grau de suspeita clínica, os episódios prévios de perda de consciência; tendência para ser estatisticamente significativo, a presença de foco irritativo no EEG, actividade generalizada no EEG, privação do sono e as mioclonias ou ausências prévias. Não são factores de prognóstico: a história familiar, episódios prévios de AVC, encefalite, neurocirurgia e demência, nem a idade de manifestação da primeira crise. Conclusões. Há excepção das primeiras crises de etiologia provocada, as restantes crises inaugurais têm um alto risco de recidiva, que se acompanhadas de outros factores, como EEG patológico ou episódios prévios de perda de consciência, mioclonias ou ausência, possa ser que seja lícito iniciar o tratamento na primeira crise.
Palabras claveFactores prognósticosPrimeira criseSuspeita clínica
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