Introdução. O meio condicionado por glia (MCG) é neurotrófico para os neurónios dopaminérgicos (DA) e protege contra a toxicidade induzida por MPP+ in vitro. Apresentamos os dados do primeiro estudo dos efeitos do MCG in vivo. Material e métodos. O efeito ‘restaurador’ foi investigado em ratos lesionados com 6-hidroxi-dopamina (6-OH-DA) no fascículo longitudinal mediano. Às quatro semanas, os animais com um índice de rotação induzida por apomorfina superior a três voltas por minutos foram escolhidos aleatoriamente para a infusão de MCG, meio definido (MD) ou salino durante duas semanas através de uma cânula estriatal. Para investigar os efeitos ‘protectores’ do MCG, os animais receberam uma injecção estriatal de MCG ou veículo, simultaneamente à lesão por 6-OH-DA e foram sacrificados após três semanas.
Resultados A infusão de MCG produziu nas experiências de efeito ‘restaurador’ um aumento significativo dos níveis de dopamina (DA) no lado lesionado, no sistema límbico (455,8±108,4 ng/g de tecido) e no estriado (242,1±69,2 ng/g de tecido), comparado com os controlos (110,8±36,4 e 108,4±22 ng/g). Nas experiências de efeito ‘protector’, o MCG induziu níveis mais altos de DA, ácido 3,4-dihidroxifenilacético (DOPAC) e 3-metoxitiramina (3-MT). Em ambos os modelos, a rotação que se induziu através da apomorfina nos animais lesionados com 6-OH-DA e tratados com MCG, foi menor do que os infundidos com MD ou salino. Conclusões. Estas experiências demonstram que o MCG tem efeitos protectores e restauradores num modelo experimental da doença de Parkinson
Palabras clave6-hidróxi-dopaminaDoença de ParkinsonGliaNeuroprotecçãoCategoriasNeurodegeneraciónTrastornos del movimiento
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