Objectivo. Avaliar as alterações metabólicas cerebrais em doentes pediátricos através da espectroscopia protónica por ressonância magnética. Doentes e métodos. Foram estudados 31 doentes diagnosticados com autismo (grupo autismo) por ressonância magnética cerebral e espectroscopia de hidrogénio, assim como 15 indivíduos sem autismo (grupo de controlo), subdivididos em três subgrupos segundo a idade: 0-3 anos, 4-7 anos e 8-13 anos. Realizou-se um exame morfológico do encéfalo por ressonância magnética e obteve-se um estudo espectroscópico de hidrogénio do tálamo. Em cada caso avaliou-se a existência de alterações morfológicas encefálicas e as concentrações dos metabolitos cerebrais N-acetilaspartato (NAA), colina (Cho) e creatina (Cr), por quantificação dos quocientes NAA/Cr, NAA/Cho e Cho/Cr, assim como a presença de concentrações anómalas de outros metabolitos.
Resultados Não se encontraram alterações morfológicas cerebrais. Não se objectivou um aumento significativo de metabolitos menores em qualquer dos grupos estudados. Encontraram-se diferenças significativas nos quocientes NAA/Cho e NAA/Cr, entre o grupo de controlo e o grupo com autismo, apenas no subgrupo de maior idade (8-13 anos), enquanto que nos restantes subgrupos as diferenças não foram significativas. Os resultados no subgrupo de autistas de maior idade são similares aos dos subgrupos de menor idade, tanto do grupo de controlo como do grupo com autismo. Conclusão. Os achados espectroscópicos encontrados mostraram registos similares entre o grupo de controlo e o grupo com autismo até aos 7 anos de idade e uma diminuição do NAA talâmico nos doentes autistas com idades superiores, o que sugere uma interrupção e regressão do desenvolvimento maturativo neuronal, em que também participaria o tálamo.
Palabras claveEspectroscopia talâmicaResonância magnéticaCategoriasNeuropediatríaTécnicas exploratorias
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