Objectivo. Determinar a prevalência da hemicrania e suas implicações nas actividades laborais e extra-laborais/diárias dos trabalhadores de um hospital regional do planalto cundiboiacense da Colômbia. Doentes e métodos. Mediante a aplicação do protocolo neuroepidemiológico da Organização Mundial de Saúde (OMS) inquiriu-se o pessoal da planta disponível na referida instituição; os clínicos gerais fizeram a triagem inicial e a determinação da doença neurológica foi feita por um neurologista clínico, tanto em indivíduos positivos e negativos para doença neurológica. A qualidade de vida foi avaliada por meio do inquérito MIDAS (migrain disability assessment), MIDASELA (em espanhol para América Latina); a análise realizou-se com o programa EPI 6.04.
Resultados Foram estudados 238 indivíduos: 138 mulheres e 50 homens; a prevalência de hemicrania foi de 22,5% (15,5% pelo protocolo da OMS e 7% de falsos negativos), com o predomínio do género feminino (OR: 5,49; p<0,005). No inquérito MIDASELA, 47,2% dos doentes tiveram uma alteração na sua produtividade em 50%, tanto laboral como extra-laboral/diária. Poucos doentes (3,8%) deixaram de fazer actividades laborais devido à hemicrania, comparativamente com as extra-laborais/diárias (29,7%), ou as recreativas/familiares (66,4%). A média por doente de ‘perda’ laboral, extra-laboral/diária e familiar por causa da hemicrania foi de 0,3, 2 e 5,2 dias, respectivamente. Conclusão. Um subregisto da prevalência da hemicrania poderia informar-se naqueles sítios onde se utilizou o protocolo da OMS. Esta patologia deverá ser tida muito em conta nos empregados hospitalares colombianos pelo seu impacto individual, laboral, familiar, social e económico. Tornam-se necessárias políticas e programas de saúde dirigidos à avaliação, controlo e tratamento adequado deste tipo de patologias, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida daqueles que zelam por cuidar e melhorar a do resto dos colombianos.
Palabras claveColômbiaHemicraniaNeuroepidemiologiaQualidade de vidaCategoriasCalidad, Gestión y Organización AsistencialCefalea y MigrañaDolor
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