Introdução. Atualmente 40 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV e destas 50% são mulheres e crianças. Transmissão vertical é a forma encontrada em 90% dos casos relatados por outros autores e observada por nós, no HCPA, no acompanhamento de 340 crianças HIV+ desde 1985. A contaminação pode ocorrer em vários momentos, tanto intra-útero como intraparto. O vírus já foi identificado no leite materno, o que contraindica a amamentação quando a mãe é HIV+. O diagnóstico laboratorial é feito pelos testes: ELISA, Western-blot e imunofluorescência indireta. Desenvolvimento. As manifestações neurológicas da criança podem ser divididas em: doença neurológica primária e complicações secundárias. Na doença neurológica primária temos que considerar a encefalopatia estática de evolução menos agressiva, e a encefalopatia progressiva que leva a perda de aquisições do desenvolvimento neuropsicomotor. O acompanhamento de 340 pacientes com sida ocorreu encefalopatia em 32,5% dos casos e em 42,5% RDNPM. Infecções oportunistas ocorreram em 33,8% dos casos sendo que um lactente apresentou meningoencefalite pelo Tripanosoma cruzi. Uma criança teve linfoma, 2,6% dos casos ocorreu AVCI e em 5% neuropatia periférica. Atualmente 54 crianças acompanhadas desde o nascimento estão com mais de 10 anos de idade, e destas 31 (57%) apresentam sintomas neurológicos sendo 40% dos casos de encefalopatia e 30% de complicações neurológicas. Os outros pacientes apresentavam dificuldades escolares, de comportamento e de desenvolvimento. Conclusões. Muitos fatores tem influenciado na história natural da sida na infância, tais como: precocidade do diagnóstico, esquema terapêutico utilizado, condições social e econômicas e nutricionais, bem como políticas de saúde que contemplam esses casos.
Palabras claveInfânciaNeuro-sidaSeguimentoCategoriasInfecciones
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