Realizou-se um estudo comparativo da excreção urinária de ácido D-sacárico (ADS) e actividade de g-glutamiltransferase (GGT) e concentração de bilirrubina séricas como marcadores de indução enzimática em 89 doentes adultos (56 homens e 33 mulheres) que recebiam tratamento crónico com fenobarbital, fenitoína, carbamazepina e valproato. Na maioria dos casos, estes medicamentos eram administrados em politerapia; a dose foi expressa em unidades/dia, de acordo com um sistema de pontuação previamente descrito, que reflectiria a capacidade indutora da combinação de fármacos administrados. Encontrou-se uma elevada prevalência de resultados maiores que o limite superior de referência para ADS urinário (93,2%) e GGT sérica (80,6%). Relativamente à bilirrubina e às suas fracções conjugada e não conjugada, encontrou-se uma grande sobreposição dos valores em relação ao grupo de controlo. Os níveis das distintas variáveis bioquímicas apresentaram correlações significativas com o doseamento diário dos fármacos administrados, sobre tudo no caso de ADS (r=0,773, p<0,001). Ao fazer uma dicotomia em função do sexo, as correlações foram melhores nos homens e significativamente piores nas mulheres. Este facto poder-se-á dever a uma maior variabilidade inter-individual de resposta aos indutores tipo fenobarbital nos doentes de sexo feminino. O ADS urinário parece ser um melhor marcador de indução enzimática do que a GGT e a bilirrubina e suas fracções séricas, cuja utilidade parece muito limitada nestes casos. A separação das isoformas da GGT não proporcionou qualquer informação adicional de interesse prático respeito à actividade enzimática total.
Palabras claveÁcido D-sacáricoG-gutamiltransferaseIndução enzimáticaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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