¿É necessário o hipocampo para a aprendizagem espacial?
J.M.J. Ramos[REV NEUROL 2002;34:1142-1151]PMID: 12134282DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3412.2002270OPEN ACCESS
Volumen 34 |
Número 12 |
Nº de lecturas del artículo 6.148 |
Nº de descargas del PDF 1.358 |
Fecha de publicación del artículo 16/06/2002
Objectivo. Um grande número de estudos realizados principalmente com técnicas de lesão, sugeriram que o hipocampo é necessário para a aprendizagem espacial. Contudo, investigações recentes estão a desafiar esta visão clássica. O objectivo desta revisão é discutir estes novos dados e integrá-los com alguns dos já existentes. Desenvolvimento. Diversos estudos realizados no nosso laboratório mostraram que as lesões do hipocampo não impedem a aprendizagem de uma tarefa espacial se se utiliza um procedimento de treino especial. O modo como o referido método especial de treino supera o défice não é conhecido. Nesta revisão propomos que as lesões do hipocampo produzam diversos défices não espaciais, sendo um deles um défice de plasticidade comportamental. Assim, é possível que o nosso método de treino especial favoreça o desenvolvimento de flexibilidade e variabilidade da resposta em indivíduos lesionados, o que permitirá uma melhoria considerável na aprendizagem da tarefa cartográfica. Conclusão. Os dados discutidos nesta revisão sugerem que o hipocampo não é absolutamente necessário para a aprendizagem de um lugar. Seria a combinação de défices espaciais e não espaciais (‘síndroma hipocâmpico’) o que desencadearia o défice de aquisição normalmente observado em ratos hipocâmpicos quando se utilizam procedimentos de treino tradicionais.
Palabras claveAmnésiaAprendizagemFlexibilidade comportamentalMemóriaRetençãoCategoriasNeurociencia básica
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