Introdução e objectivos. O sinal EEG é o resultado do comportamento médio de grandes populações de neurónios agregados e, portanto, reflecte em grande medida a informação processada no neo-córtex. Esta actividade electrofisiológica colectiva será diferente para as distintas funções cerebrais. Cabe, pois, responder à seguinte pergunta: ¿Existe, nos traçados EEG, alguma indicação que possa distinguir-se daquela actividade neuronal colectiva? Esta é a questão que abordamos no presente trabalho, e limitamo-nos a registos EEG do sono e vigília em estado de relaxamento mental. Propomos aplicar a estes EEG o conceito de lacunaridade como um método para analisar a textura das amostras. A partir dos padrões obtidos, definimos um índice que representa um tempo característico de cada fase. Doentes e métodos. As amostras analisadas correspondem a fragmentos de 30 segundos, obtidos durante registos polissonográficos nocturnos. Os detalhes essenciais para o cálculo dos padrões de lacunaridade e do índice proposto são descritos no texto. Estes tempos característicos adquiriram os seguintes valores (em segundos): 0,43 (fase I); 0,73 (fase II); 1,12 (fase III/IV); 0,65 (REM); 0,12 (vigília em relaxamento mental). Resultados e conclusões. Com este critério,a vigília diferencia-se claramente da fase I (sonolência) e do sono paradoxal (REM). Por sua vez, o sono REM é semelhante à fase II e claramente distinto da fase I. Finalmente, sobre a base da análise estatística dos resultados, aponta-se a possibilidade de incorporar este índice como elemento de auxílio adicional na leitura de polissonografias, ou a sua aplicação a diferentes situações fisiológicas ou inclusive patológicos do registo EEG.
Palabras claveLacunaridadePolissonografiaSéries temporaisSonoVigíliaCategoriasNeuropsiquiatríaSueñoTécnicas exploratorias
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