Objectivo. Comprovar a frequência do aparecimento, fisiopatologia e valor lateralizador das paresias pós-críticas (PPC) em doentes monitorizados por vídeo-EEG, para estudo diagnóstico ou avaliação pré-cirúrgica. Doentes e métodos. Foram revistos 114 estudos de monitorização por vídeo-EEG e, 102 doentes consecutivos.
Resultados Registram-se crises epilépticas em 60 doentes. Observou-se paresia em quatro crises de dois doentes (três e uma, respectivamente) diagnosticados com epilepsia frontal. Nas três crises da primeira doente a paresia foi acompanhada no EEG por actividade crítica frontal contra-lateral. Na paresia da segunda doente, registou-se actividade lenta contra-lateral. A doente com paresia crítica tinha epilepsia frontal, com crises que se iniciavam com convulsões clónicas. Nos quatro episódios, a paresia foi contra-lateral ao foco inicial da crise. Não se encontrou PPC em qualquer dos 16 doentes diagnosticados com pseudocrises. Conclusões. A PPC é pouco frequente em doentes com epilepsia, no entanto possui um grande valor lateralizador pela correlação com os achados do EEG. Na nossa série apareceu em doentes com crises frontais. A paresia pode corresponder tanto a um fenómeno crítico como pós-crítico.
Palabras claveParalisia pós-críticaCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculoTécnicas exploratorias
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