Introdução e desenvolvimento. Não existe um tratamento curativo da esclerose múltipla (EM), nem dados exactos que nos permitam assegurar um prognóstico definitivo da doença. Uma pequena percentagem de doentes terá um curso tão particularmente benigno que não necessitará de tratamento preventivo dos surtos. Lamentavelmente, muitos, sobretudo aqueles com uma maior carga lesional na ressonância magnética (RM), desenvolverão uma doença recidivante/remitente que irá deixando sequelas permanentes. As fases iniciais inflamatórias da EM são fundamentais ao estabelecer uma acumulação de lesão axonal que marcará o futuro de uma possível fase neurodegenerativa de maior ou menor gravidade, que se manifestará com a fase secundária progressiva. Até à data, os tratamentos úteis na EM actuam na inflamação, e são ineficazes em fases tardias. Por este motivo, alguns autores recomendam que o IFN-b 1a IM deve iniciar-se em doentes após o primeiro surto, segundo a recente aprovação na União Europeia do seu uso nestes casos. Conclusão. Cremos que dever-se-ia informar e propor a cada doente o tratamento após o primeiro surto desmielinizante, sempre que reúna critérios de alto risco para o desenvolvimento de EM, como uma alta carga lesional na ressonância.
Palabras claveEsclerose múltiplaInterferão-betaLesão axonalTratamento precocCategoriasEsclerosis múltiple
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