Objectivo. A deterioração cognitiva ligeira (DCL) cursa com uma ligeira perda de memória sem envolvimento significativo de outras funções cognitivas. Cerca de 12% destes doentes, progridem anualmente para doença de Alzheimer, pelo que é importante procurar fármacos que possam prevenir e atrasar a evolução da demência. Os programas de treino da memória, com técnicas de relaxamento, de repetição de factos ou dados, de imagens, de categorização da informação e uso de regras mnemotécnicas, podem, ser eficazes. Entre os fármacos que podem melhorar as faculdades cognitivas, encontram-se piracetam, selegilina, vitamina E, extracto de Ginkgo biloba, estrogénios, anti-inflamatórios não esteróides (AINE), inibidores da acetilcolinesterase e memantina. O objectivo deste trabalho é o de avaliar se a citicolina pode ser eficaz nesta situação clínica. Desenvolvimento. Em vários modelos animais, comprovou-se que a citicolina melhora a memória e outras funções cognitivas em doentes com doença vascular cerebral crónica ou com demência, e em idosos com défice de memória sem demência. Por outro lado, numa meta-análise de 12 ensaios clínicos, realizado pelo Cochrane Collaboration, conclui-se que a citicolina melhora a memória, o comportamento e a impressão clínica global em idosos que sofrem de doenças cerebrais crónicas. Conclusão. A citicolina poderá ser eficaz no tratamento da DCL, embora sejam necessários novos estudos para comprovar se o efeito se mantém a longo prazo e se consegue atrasar a progressão da demência.
Palabras claveCDP-colinaDemênciaDeterioração cognitiva ligeiraDoenças vasculares cerebraisPerturbações cognitivasRevisãoCategoriasDemenciaNeuropsicologíaNeuropsiquiatríaPatología vascular
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