Objectivo. A proteína S100 foi detectada em células gliais, O propósito deste estudo é avaliar a S100 sérica como marcador tumoral no diagnóstico, no seguimento e na monitorização de doentes com tumores do sistema nervoso central (SNC). Doentes e métodos. Foram estudados 57 doentes com tumores do SNC: 24 glioblastomas multiformes (GM), 11 astrocitomas anaplásicos (AA), três oligodendrogliomas, um pinealblastoma, três neurinomas, um glioma de baixo grau e 13 metástases cerebrais de outros tumores primários. Analisou-se a S100 em 25 indivíduos sãos que foram considerados como grupo de controlo. A determinação de S100 realizou-se através de um ensaio imuno-radiométrico (IRMA) com iodo 125, e utilizou-se como valor de corte 0,2 µg/L.
Resultados Os valores séricos médios de S100 pré-operatórios não diferem dos do grupo de controlo (0,08 e 0,07 µg/L, respectivamente). Nos doentes operados com restos tumorais ou nos doentes recidivantes, a S100 eleva-se para: 38,9% nos GM, 57,11% nos AA e 76,9% nas metástases cerebrais de outros tumores. Nos GM, os valores séricos da S100 elevam-se mais significativamente nos doentes com tumor antes de receberem tratamento com quimioterapia, radioterapia o radiocirurgia (p<0,05). Os valores normalizam com a resposta às terapias. Durante o seguimento (média de 551 dias) a sensibilidade global da S100 para a progressão da doença foi de 47,5%, com uma especificidade de 90% e uma concordância da S100 com o estádio da doença da ordem de 56%. Conclusões. A S100 não é útil no diagnóstico inicial do tumor, mas poderia ajudar no seguimento da doença, já que diminui com tratamentos eficazes e aumenta quando a doença progride.
Palabras claveTumores do sistema nervoso centralCategoriasCáncer y tumores
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