Introdução. A lesão cerebral difusa (LCD) secundária a traumatismo crânio-encefálico (TCE) pode estudar-se através da avaliação volumétrica de diversas estruturas, entre as quais destacam-se o corpo caloso, o hipocampo e os gânglios da base. Desta forma, o volume de líquido cefalorraquidiano é também uma boa medida de perda de massa encefálica. Objectivo. Avaliar a LCD produzida por um TCE fechado infantil, e observar os efeitos que este tem a longo prazo sobre o rendimento cognitivo geral. Doentes e métodos. Partiu-se inicialmente de uma amostra de 27 doentes com TCE fechado infantil, moderado ou grave, da qual se seleccionaram 15 indivíduos, sem lesões focais, ou com lesões focais inferiores a 2.600 mm3. Nos 15 indivíduos estudados realizou-se uma análise volumétrica do líquido cefalorraquidiano, do corpo caloso, do hipocampo e do núcleo caudado, e comparou-se com um grupo de controlo. Além disso, avaliou-se a sua deterioração cognitiva geral através de testes de inteligência, de memória, e da avaliação de funções frontais e motoras.
Resultados Os resultados mostraram que os doentes com antecedentes de traumatismo apresentavam atrofia em todas as estruturas medidas, e a atrofia do corpo caloso foi a variável que melhor explicava a deterioração cognitiva geral. Conclusões. A lesão difusa causada por TCE moderado-grave na infância, persiste a longo prazo e comporta défices cognitivos; a atrofia do corpo caloso é a que melhor prediz a deterioração cognitiva geral dos envolvidos relativamente a outras estruturas indicadoras de LCD.
Palabras claveAnálise volumétricaCorpo calosoGânglios da baseInfânciaNeuropsicologiaRessonância magnéticaCategoriasNeuropsicologíaTrastornos del movimientoTraumatismos
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