Objectivo. Diversos estudos sobre genética humana evidenciaram o carácter hereditário da predisposição para o abuso do álcool ou para desenvolver alcoolismo. Ao mesmo tempo, desde a investigação em genética molecular chamou-se a atenção à importância, no estudo do alcoolismo, aos sistemas enzimáticos que metabolizam o etanol e o acetaldeído; estes sistemas são fundamentalmente a álcool deshidrogenase (ADH) e a aldeído deshidrogenase (ALDH), embora também se destaque o papel do citocromo P-450 2E1 e a catalase. Desenvolvimento. A existência de um polimorfismo funcional em alguns dos genes que codificam estas enzimas poderia gerar uma alteração no intervalo de síntese do acetaldeído ou diminuir a sua oxidação posterior. Uma selecção deste polimorfismo poderia actuar em algumas populações humanas como, por exemplo, a população oriental, como um factor de protecção face ao abuso do álcool e aos danos e lesões relacionados com esta droga. Conclusão. Aqueles indivíduos com uma sensibilidade ao álcool controlada geneticamente pela anomalia contida no seu alelo para a ALDH2*2, apresentariam algum tipo de protecção contra o consumo excessivo de álcool. Por outra parte, indivíduos com o genótipo heterozigótico ALDH2*2 (ALDH2*1/2*2) apresentariam um risco maior para o desenvolvimento de lesões e danos nos órgãos, relacionados com o abuso do álcool, em relação àqueles indiví-duos que apresentam um genótipo homozigótico ALDH2*1/2*1.
Palabras claveAcetaldeídoAlcoolismoCitocromo P-450
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