Objectivo. A intervenção precoce procura oferecer às crianças com perturbações do desenvolvimento, ou com risco de as virem a sofrer, um conjunto de acções optimizadoras e compensadoras que facilitem a sua adequada maturação em todos os âmbitos, para que lhes permita alcançar o máximo nível de desenvolvimento pessoal e de integração social. No presente trabalho, são revistos os principais instrumentos para o diagnóstico e a prevenção das incapacidades neurológicas durante o período pré- e neonatal. Desenvolvimento. Neste campo, o neuropediatra intervém de forma conjunta e coordenada com o neonatologista na detecção, diagnóstico e intervenção terapêutica do recém-nascido. Os avanços das técnicas de diagnóstico permitem-nos detectar precocemente aquelas anomalias que se associam a incapacidade. A neuroimagem (ecografia transfontanelar, tomografia computorizada, ressonância magnética, SPECT cerebral), os estudos genéticos e de genética molecular, o screening neonatal metabólico e de infecções, as técnicas neurofisiológicas, etc., vão permitir que o diagnóstico seja cada vez mais precoce e mais sensível. Deste modo, durante o período pré-natal, o obstetra tem a grande responsabilidade de diagnosticar muitos processos subsidiários de incapacidade futura. Conclusões. Cremos que uma estreita colaboração entre o obstetra, o neonatologista e o neuropediatra vá facultar a detecção e a prevenção daqueles factores de risco que podem conduzir a uma incapacidade neurológica. Também é missão do neuropediatra a participação em programas de seguimento do desenvolvimento das crianças de risco biopsicossocial, assim como na detecção dos sinais de alerta e no diagnóstico das perturbações neurológicas.
Palabras claveFisiopatologia fetalIntervenção precoceNeurologia fetalNeurologia neonatalNeuropediatriaRecém-nascidoCategoriasNeuropediatría
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