Objectivo. Realizar uma revisão crítica do estado actual dos estudos por neuroimagem da cognição. Também expomos as nossas razões que explicam por que razão a utilização de uma perspectiva de rede neuronal poderia levar-nos a uma melhor compreensão da cognição que um critério baseado no localizacionismo. Método. A questão de como se organizam as funções cognitivas no cérebro remonta aos primeiros estudos de lesões. O uso combinado da estimulação electrocortical e o teste de amital intra-carotídeo com os estudos de lesões permite aprofundar o conhecimento da organização das funções cognitivas no cérebro. Neste sentido, a ressonância magnética funcional poderia ajudar-nos a encontrar respostas a perguntas como: onde, quando e como se produz a actividade no cérebro? Numerosos estudos de ressonância magnética funcional abordaram a pergunta da localização da actividade. Contudo, muito poucos concentraram-se na descrição dos perfis espaço-temporais da actividade cerebral, e posterior explicação de como se organizam as redes neuronais que sustentam a cognição. Se considerarmos apenas uma destas abordagens, (onde e quando), poderíamos alcançar uma perspectiva reducionista do problema. Conclusões. O funcionamento executivo, a memória ou a linguagem encontram-se repartidos pelo cérebro em vez de estarem localizados numa só região, e os distintos sub-processos que podem estar incluídos em cada uma destas funções também contam com o apoio de uma rede em vez de estarem limitados a uma zona concreta. Analisamos as técnicas de ressonância magnética funcional actualmente disponíveis sob esta perspectiva, e as possibilidades que oferecem para a descrição das redes neuronais que sustentam a cognição.
Palabras claveNeuroimagem funcionalRedes neuronaisCategoriasNeuroimagenNeuropsicologíaTécnicas exploratorias
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