Introdução. Existem controvérsias nas convulsões neonatais (CNN): fiabilidade do diagnóstico apenas por critérios clínicos, necessidade de confirmação electroencefalográfica e tratamento. Objectivo. Estudar a incidência dos tipos clínicos de CNN e sua correspondência com o traçado electroencefalográfico de fundo e a actividade convulsiva electroencefalográfica, a resposta ao tratamento anti-convulsivo e o seu prognóstico. Doentes e métodos. Estudo retrospectivo dos casos que deram entrada com o diagnóstico de CNN no nosso hospital, entre Janeiro de 1993 e Outubro de 2001. Registaram-se as variáveis: padrão clínico, duração das convulsões, traçado electroencefalográfico crítico e inter-crítico, traçado electroencefalográfico de fundo, diagnóstico etiológico, tratamento e resposta ao mesmo, e estado neurológico até à alta e após um ano de idade (idade corrigida para os pré-termo).
Resultados De um total de 74 crianças, em apenas 56 foram confirmadas convulsões electroencefalográficas e, destas, 42% foram convulsões subtis, 33,9% tónicas, 64,3% clónicas multifocais, 10,7% clónicas focais e 16,1% mioclónicas multifocais. 55,4% apresentaram dois ou mais tipos clínicos de convulsões, 25% desenvolveram um estado epiléptico e 42,9% mostraram dissociação electroclínica. As anomalias electroencefalográficas críticas mais frequentes foram as descargas multifocais (64,3%) que, juntamente com as descargas focais de baixa frequência, foram as de pior controlo farmacológico e pior prognóstico. O traçado electroencefalográfico de fundo moderada e marcadamente anormal foi um indicador de evolução desfavorável. Com o tratamento conseguiu-se o controlo clínico em mais de 80% dos casos e o controlo electroencefalográfico em apenas 62,5%. Houve uma associação significativa (p < 0,01) entre a resposta favorável ao tratamento e exame neurológico normal à alta da unidade neonatal e após um ano de idade. Conclusões. É necessário monitorizar as CNN através do registo electroencefalográfico , antes e após a instituição do tratamento anticonvulsivante, uma vez que com o controlo das convulsões electroencefalográficas melhora-se o prognóstico neurológico destas crianças.
Palabras claveConvulsõesDesenvolvimento neuronalElectroencefalografiaRecém-nascidoTratamentoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTécnicas exploratorias
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