Objectivo. Faz-se uma breve exposição dos achados actuais mais relevantes acerca do ciclo vigília-sono em comparação com os estudos de Cajal relacionados com este mesmo assunto. Desenvolvimento. É apresentado rapidamente Santiago Ramón y Cajal, fazendo alusão à importância da sua figura no marco da neurociência. Cajal constitui o ponto de inflexão decisivo nos estudos neurobiológicos, com a descoberta da sinapse e com a sua lei da polarização dinâmica. São revistos sucintamente os conhecimentos actuais das fases do sono e dos fenómenos oníricos, baseando-se nos seus fundamentos anatomo-fisiológicos. Desta forma, faz-se um breve resumo histórico relativamente a este tema, e analisam-se os contributos de Cajal a este respeito: o seu estudo do córtex associativos, essenciais nos processos da memória e relacionados com os mecanismos do ciclo vigília-sono. Para Cajal, a anatomia fina do tálamo deve considerar-se em relação à especificidade das suas conexões, ideia totalmente em vigor. Não se observaram projecções do núcleo reticulado talâmico para o córtex cerebral, facto que se corroborou com as técnicas actuais. Fala da participação da neurologia nos processos de vigília e do sono, facto certo, embora não da maneira como pensava Cajal. Considerava que os sonhos se produziam com base em mecanismos neurais íntimos, o que continua a estar certo. Estudou também outras estruturas encefálicas relacionadas com a regulação do ciclo vigília-sono, embora sem menção especial aos mecanismos de controlo de tal ciclo. Além disso, efectuou estudos de auto-observação de grande acuidade. Conclusões. Cajal estudou os fenómenos da atenção e do sono de forma objectiva, e contribuiu com interpretações relevantes, algumas em certo sentido superadas e outras ainda da actualidade.
Palabras claveNeurobiologiaSonoVigíliaCategoriasNeurociencia básicaNeuropsiquiatríaSueño
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