Objectivo. Rever as cefaleias não hemicranianas (CNH), os mecanismos da dor e o seu tratamento, com ênfase na experiência clínica do autor. Desenvolvimento. As cefaleias são comuns na prática diária da pediatria. Aproximadamente 22% dos novos doentes vistos numa consulta externa de neuropediatria apresentam cefaleia como motivo da consulta. Sempre que exista cefaleia, algum mecanismo de dor deve estar envolvido. Estes são: vasodilatação, inflamação, tracção e deslocamento de estruturas intra-cranianas, tensão muscular sustida, mecanismo neurogénico. A avaliação clínica permite-nos diagnosticar o tipo de cefaleia e realizar o seu tratamento. Os exames físicos e neurológicos são normais na maioria das crianças com cefaleia. A classificação sindrómica inclui: cefaleia aguda generalizada, cefaleia aguda localizada, cefaleia aguda recorrente, cefaleia crónica progressiva, cefaleia crónica (recorrente) não progressiva. As cefaleias recorrentes ocorrem frequentemente em crianças e diagnosticam-se melhor sobre uma base clínica do que por exames. O uso rotineiro de qualquer estudo diagnóstico não está indicado quando a história clínica não tem factores de risco associados e o exame da criança é normal. O tratamento baseia-se no tipo de cefaleia presente. A maioria das cefaleias nas crianças têm um mecanismo vascular. O autor inclina-se para um tratamento dietético associado à ingestão diária de uma pequena dose de cafeína BID. Conclusões. O tratamento das CNH depende do tipo de síndroma existente, mas na sua grande maioria, é muito satisfatório para os doentes e para os pais.
Palabras claveCefaleia hemicraniosaCefaleia não hemicranianaCefaleiasCriançasDorTratamentoCategoriasCefalea y MigrañaDolorNeuropediatría
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