Objectivo. No presente trabalho expõe-se a experiência e a revisão dos melhores resultados no tratamento cirúrgico dos doentes com paralisia espástica dos membros inferiores. Desenvolvimento. Para a correcta indicação das técnicas a utilizar, os autores recomendam, o exame exaustivo dos tipos de deformidades (fixa, dinâmica ou mista) e os testes de exploração específicos das distintas deformidades, passos necessários para poder interpretar as distintas alterações de uma forma global, e chegar assim a uns diagnósticos que nos permitam uma adequada orientação terapêutica cirúrgica sobre a anca, o joelho, o tornozelo e o pé espásticos. Devido à importância do problema global, cada vez mais frequente, aconselha-se o trabalho multidisciplinar com a colaboração de especialistas distintos (neurologista, reabilitador, fisioterapeuta, psicólogo, pediatra, neurofisiologista e cirurgião ortopédico). A espasticidade é tão heterogénea como os resultados dos diversos projectos de tratamentos. As técnicas utilizadas devem permitir a continuação do tratamento reabilitador. Aconselha-se a intervenção cirúrgica quando se estabilizou o dano do SNC e o doente tem mais de 4 anos de idade. Deve avaliar-se o psiquismo do doente e da sua família. Conclusões. O objectivo do tratamento nos doentes que se deslocam é melhorar a função motora, o tipo de marcha e prevenir o desenvolvimento de deformidades fixas, enquanto que nos doentes que não se deslocam pretende-se melhorar a higiene e a capacidade de se sentar e deslocar. Estas indicações são imprescindíveis para chegar a realizar com êxito uma parcela da cirurgia ortopédica pouco conhecida, e que não responde às técnicas utilizadas na cirurgia das paralisias flácidas.
Palabras claveAncaCirurgiaEspasticidadeJoelhoParalisiaPéTornozeloCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculo
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