O estreptococo piógenes e o cérebro: vivendo com o inimigo
R.C. Dale[REV NEUROL 2003;37:92-97]PMID: 12861520DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3701.2003209OPEN ACCESS
Volumen 37 |
Número 01 |
Nº de lecturas del artículo 10.997 |
Nº de descargas del PDF 1.058 |
Fecha de publicación del artículo 01/07/2003
O estreptococo piógenes (ou estreptococo beta-hemolítico grupo A) é uma bactéria patogénica que pode originar um espectro de doenças invasivas e auto-imunes, embora seja mais frequentemente conhecido como causador de amigdalite. É muito interessante o facto que este germe só cause doenças nos humanos; durante muitos anos admitiu-se que pode originar uma doença cerebral auto-imune (coreia de Sydenham). Recentemente, o espectro de doenças cerebrais pós-estreptocócicas aumentou para incluir outras perturbações do movimento (tiques, distonia). Diversos estudos psiquiátricos sistemáticos identificaram que certas perturbações emocionais acompanham em comum a perturbação do movimento (particularmente, a perturbação obsessivo-compulsiva). O mecanismo patogénico proposto é o de uma disfunção neuronal mediada por anticorpos. Sobretudo em indivíduos predispostos, os anticorpos que se produzem após a infecção estreptocócica reagem de forma cruzada com as proteínas neuronais, o que representa um possível modelo de mimetismo imunológico e a relevância potencial respeito a certas perturbações idiopáticas, como a síndroma de Tourette e a perturbação obsessivo-compulsiva.
Palabras claveAnticorpos neuronaisCoreia de SydenhamGânglios da baseNeuroimunologiaPerturbação de tiquesPerturbação obsessivo-compulsivaPós-estreptocócicaCategoriasNeuropsiquiatríaTrastornos del movimiento
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