Introdução. A paralisia cerebral espástica bilateral produz frequentemente alterações das ancas, que em muitos casos já se apresenta antes dos 2 anos de idade. O seu diagnóstico requer não só o exame clínico, como também radiografia das ancas. O prognóstico com a evolução natural e o tratamento convencional (fisioterapia, ortese) não é bom, habitualmente tem a tendência para evoluir para a subluxação ou luxação progressiva e limita as possibilidades de alcançar a marcha autónoma. A toxina botulínica (TB) infiltrada nos músculos adutores, ísquio-tibiais internos e psoasilíaco, adicionada ao tratamento convencional, melhora os resultados. Doentes, métodos e resultados. Nos nossos 98 casos (193 ancas) tratados, a evolução natural prévia ao tratamento com TB foi de progressivo deslocamento lateral da cabeça do fémur (86% tinham piorado, 11,4% tinham-se luxado), e, após o início do tratamento, estabilizaram 74% das ancas e melhoraram 14%. Conclusões. É muito importante começar rapidamente o tratamento com TB e infiltrar sistematicamente cada 3-4 meses para obter os melhores resultados. Suspender o tratamento aumenta as possibilidades de luxação ou subluxação. Além disso, a TB dá muito bons resultados no tratamento da dor da luxação da anca.
Palabras claveAnca espásticaEspasticidadeLuxação da ancaParalisia cerebralPrevenção e tratamentoCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculoNeuropediatría
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