Introdução. A magnetoencefalografia (MEG) é uma técnica não invasiva do registo da actividade cerebral, baseada na detecção dos campos magnéticos. Objectivo. Pretende-se estabelecer a contribuição relativa da MEG no tratamento de doentes com epilepsia versus outras técnicas de diagnóstico como EEG do craneo, vídeo-EEG (v-EEG), electrocorticografia (EcoG), ressonância magnética (RM e RMf), tomografia por emissão de positrões (PET) e tomografia computorizada de emissão de fotão único (SPECT). Desenvolvimento. Para isso, realizou-se uma revisão crítica da literatura, com a utilização dos critérios da medicina baseada na evidência (BEM). Nas bases de dados MEDLINE e HEALTH-START, entre os anos de 1996 e 2001, foram encontradas 1.169 referências. Após uma avaliação, foram seleccionadas 36, das quais foram escolhidas definitivamente 22 para análise: três artigos foram classificados como de eficácia técnicas e 19 como de eficácia em precisão de diagnóstico. Pela qualidade metodológica, dois foram classificados no grupo B, 16 no grupo C e quatro no D; 18 artigos fazem referência a MEG e epilepsia fármaco-resistente, enquanto que outros quatro fazem referência a MEG e epilepsia fármaco-sensível. A sensibilidade é muito variável, e é maior na epilepsia extra-temporal (44-92,9%), depois na temporal (33,3-80%) e menor na temporal mesial (42,3-53%). A especificidade é maior para doentes com lesões anatómicas. Conclusões. 1. A localização da actividade intercrítica é melhor em regiões neocorticais laterais, e diminui em regiões mesiais; 2. As deficiências metodológicas dos artigos impedem a realização de uma meta-análise dos dados.
Palabras claveElectroencefalografiaMagnetoencefalografiaMedicina baseada na evidênciaRessonância magnéticaTomografia de emissão de positrõesCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTécnicas exploratorias
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