Introdução. A doença vascular cerebral isquémica integra um conjunto de entidades que se produzem por alterações dos componentes do sangue, do fluxo sanguíneo ou das paredes dos vasos sanguíneos, do coração, tanto anatómicas como funcionais, e inclusive mistas.
Caso clínico Doente masculino com 18 meses de idade com doença celíaca compensada, com acidentes vasculares cerebrais isquémicos de repetição em diferentes territórios da artéria cerebral posterior e artéria cerebral média direitas, no curso de um estado de hipercoagulabilidade por trombocitose essencial. Realizou-se tomografia axial computorizada, angio-ressonância cerebral, hemoquímica completa e biopsia da medula óssea, e constatou-se o diagnóstico anterior. Iniciou-se tratamento com exsanguino-transfusão, antiagregantes plaquetários e um inibidor da produção de plaquetas (anagrelide). Actualmente, o doente tem 2 anos de idade e mantém uma ligeira hemiparesia direita total e com predomínio faciobraquial, sem alterações da linguagem. Conclusões. Os enfartes cerebrais na infância são excepcionais; contudo, a sua apresentação obriga o clínico que o atende à busca de causas não habituais; no nosso doente a hipercoagulabilidade deveu-se a uma trombocitose essencial, o que é raro na infância. A causa que motiva o enfarte determina a sua probabilidade de recorrência: o ácido acetilsalicílico não se demonstrou eficaz para este fim. Sugerimos a utilização da carbamazepina para o tratamento das distonia cinesigénicas.
Palabras claveÁcido acetilsalicílicoDistonia paroxística cinesigénicaEnfarte cerebralTrombocitoseCategoriasPatología vascularTrastornos del movimiento
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