Introdução. A importância da isquemia cerebral na prática clínica promoveu o desenvolvimento de diversos modelos experimentais das suas diferentes formas e descreveram-se métodos distintos para produzi-la. Aqui apresentamos a nossa experiência com a utilização da artéria carótida interna (ACI) como via de entrada para a oclusão endoluminal permanente da artéria cerebral média (ACM) em ratos Wistar, e uma descrição detalhada do procedimento. Objectivo. Estabelecer no Instituto de Investigações da Universidade de Cuenca uma técnica padronizada para produzir, de modo constante e repetível um enfarte cerebral focal no território da ACM em ratos Wistar. Materiais e métodos. Utilizando uma abordagem cervical, em 20 ratos adultos dissecou-se a ACI e, por arteriotomia, introduziu-se um filamento de nylon 3-0 ou 4-0 de 25 mm de comprimento, até à oclusão da ACM. A zona enfartada foi delineada com cloreto de 2,3,5-trifeniltetrazol e calculou-se o seu volume com métodos informáticos.
Resultados Obtiveram-se resultados positivos em 10 casos, o volume médio do enfarte foi de 488,84 mm3, e o erro padrão foi de 63,91 mm3. Em três ocasiões verificaram-se enfartes subcorticais. Dois casos apresentaram hemorragia subaracnoideia, e dois hematomas parenquimatosos; três faleceram. Conclusões. A utilização da ACI como porta de entrada é uma alternativa eficaz para a produção endovascular de isquemia cerebral focal e o uso de um filamento de nylon de 4-0 foi superior ao uso do filamento de calibre 3-0.
Palabras claveArtéria carótida internaArtéria cerebral médiaCloreto de 2,3,5 trifeniltetrazolOclusão intra-arterialRatos WistarCategoriasPatología vascular
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