Objectivo. Sabe-se que as crises epilépticas podem apresentar-se não só em doenças neurológicas, como também em diversas doenças médicas, e têm importância no prognóstico e no tratamento da doença primária. Pretendemos rever uma série de grupos de doentes com epilepsia em que o tratamento reveste uma série de peculiaridades. Desenvolvimento. Revemos o tratamento da epilepsia nos seguintes grupos de doentes: incapacidade mental, doença cardiovascular, doença respiratória, insuficiência hepática, porfírias hepáticas, transplante hepático, insuficiência renal, hemodiálise, transplante renal, doenças infecciosas, síndroma de imunodeficiência adquirida, doenças do tracto digestivo, doenças endócrinas, tratamento antiepiléptico preventivo, doenças cirúrgicas. Conclusões. O aumento da esperança média de vida, com o conseguinte incremento de doenças médicas e de procedimentos cirúrgicos e tratamentos farmacológicos, faz com que nos deparemos com frequência com a possibilidade de crises epilépticas nestes grupos de doentes. De um modo geral, muitas das crises epilépticas que se apresentam nestes doentes são de tipo agudo sintomático; não requerem tratamento antiepiléptico a longo prazo e têm um bom prognóstico, ao corrigir ou tratar a situação ou doença que as desencadeia. No momento de escolher um possível fármaco antiepiléptico nestes doentes, avaliam-se fundamentalmente todos os tratamentos farmacológicos destas doenças médicas, devido às possíveis interacções que podem alterar de forma recíproca a eficácia de ambos os tipos de fármacos e, de igual forma, a sua farmacocinética, farmacodinamia e vias de eleição preferentes.
Palabras claveCardiopatiasCirurgiaCrises agudas sintomáticasIncapacidade mentalInfecçõesInsuficiênccia hepáticaInsuficiência renalInsuficiência respiratóriaPorfíriasCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosInfeccionesTrastornos metabólicos y tóxicos
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