Introdução. A doença vascular cerebral causa alterações cognitivas dissimilares. É necessário desenvolver ferramentas capazes de diagnosticá-las. Umas poderiam ser os potenciais relacionados com eventos. Estes proporcionam um indicador em tempo real do processamento cognitivo. Doentes e métodos. Estudaram-se 10 doentes com enfarte cerebral na região frontal e 10 controlos são emparelhados. A avaliação dos doentes realizou-se uma semana após apresentar o enfarte. A ambos os grupos foi aplicado um teste de execução contínua associado ao registo da actividade eléctrica cerebral para obtenção do componente P300. Os resultados obtidos foram submetidos à prova não paramétrica t de Student, e o electroencefalograma ao método de cálculo da média de modelos bayesianos (MCMB) para o cálculo das fontes geradoras da actividade eléctrica registada.
Resultados Os doentes tiveram execuções significativamente empobrecidas relativamente aos controlos sãos na prova de atenção. O MCMB mostrou que o componente P300 relaciona-se com as estruturas temporo-parietais direitas en os controlos sãos, enquanto en os doentes se somam as estruturas temporo-parietais esquerdas. Conclusões. Estes resultados indicam a existência de alterações subclínicas de atenção sustida e que só ferramentas mais sensíveis podem detectá-las; além disso, têm implicações para os circuitos cerebrais reguladores da atenção sustida e do componente P300.
Palabras claveAtenção sustidaCogniçãoDoença vascular cerebralCategoriasNeuropsicologíaPatología vascular
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