Original

A lesão da substância nigra pars compacta e do núcleo subtalâmico modifica a densidade dos receptores muscarínicos em núcleos distintos dos gânglios da base

L. Blanco-Lezcano, L.L. Rocha-Arrieta, L. Martínez-Martí, L. Álvarez-González, N. Pavón-Fuentes, R. Macías-González, T. Serrano-Sánchez, J.C. Rosillo-Martí, Y. Coro-Grave de Peralta, M. Briones-Velasco [REV NEUROL 2004;38:128-132] PMID: 14752710 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3802.2003395 OPEN ACCESS
Volumen 38 | Número 02 | Nº de lecturas del artículo 9.914 | Nº de descargas del PDF 626 | Fecha de publicación del artículo 16/01/2004
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. Numerosos estudos abordaram o papel da neurotransmissão dopaminérgica nos gânglios da base em condições de parkinsonismo, mas poucos foram endereçados para o desequilíbrio entre a transmissão dopaminérgica e colinérgica. Objectivo. Avaliar a densidade dos receptores colinérgicos muscarínicos na substância nigra pars compacta (SNc) e núcleo pedúnculo-pontino (NPP) no modelo de 6-OHDA. Materiais e métodos. Organizaram-se cinco grupos experimentais segundo a lesão de SNc e NST: 1. Animais sãos; 2. Ratos lesionados com 6-OHDA; 3. Ratos com lesão simultânea de SNc e NST; 4. Ratos Sham do modelo de 6-OHDA; 5. Ratos com lesão de NST. Obtiveram-se cortes de 20 µm de espessura de SNc e NPP dos ratos, nos quais se avaliou a densidade dos receptores colinérgicos muscarínicos por auto-radiografia com [3H]quinuclidinlbencilato (QNB) (1,23 nM). Como união não específica utilizou-se o antagonista muscarínico atropina (1 µM). Realizaram-se leituras nos dois hemisférios e a densidade óptica foi convertida em fentomoles por mg de tecido com base nos valores obtidos dos padrões de trítio.

Resultados Nos grupos 2 (t = 2,76; p < 0,05) e 3 (t = 4,06; p < 0,05) evidenciou-se uma diminuição significativa da densidade dos receptores muscarínicos na SNc ipsilateral à lesão de 6-OHDA. O grupo 5 mostrou um aumento significativo da densidade dos receptores muscarínicos na SNc lesionada com 6-OHDA (t = 2,69; p < 0,05). A comparação entre grupos experimentais revelou diferenças significativas entre estes (F = 13,13; p < 0,001), com uma diminuição nos grupos 2 e 3 e um aumento significativo no grupo 5, em relação aos restantes grupos. A densidade dos receptores muscarínicos para o NPP direito ipsilateral à lesão do SNc mostrou diferenças significativas entre os grupos experimentais (F = 3,93; p < 0,01), com um aumento significativo desta variável no grupo 2. Conclusões. Estes resultados apontam para uma modificação da actividade colinérgica posterior à desnervação da SNc por injecção de 6-OHDA. As alterações nas populações de receptores muscarínicos distribuídos em SNc e NPP podem fazer parte de distintos mecanismos compensatórios que tentam atenuar o desequilíbrio entre as transmissões dopaminérgica e colinérgica, que se instalam após a degeneração da via nigroestriada. A lesão excitotóxica do NST impõe um novo mecanismo de ajuste às células do NPP, que pôde expressar-se nas alterações das populações de receptores colinérgicos da SNc.
Palabras claveAuto-radiografia CategoriasInfeccionesTrastornos del movimiento
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