Objectivo. O presente trabalho analisa os principais estudos sobre os mecanismos de alteração cerebral resultantes do stress crónico e o impacto dos estímulos do tipo social sobre a activação destes mecanismos, dos quais podem resultar alterações comportamentais e défices cognitivos nas comunidades de mamíferos. Desenvolvimento. As respostas hormonal e fisiológica perante o stress estão vinculadas a alterações de algumas áreas cerebrais, especialmente o hipocampo. Entre estes mecanismos estão: a hiperactividade do eixo hipotálamo-pituitário-adrenal, elevação dos níveis de corticosteróides e de aminoácidos excitatórios, neurotoxicidade por acumulação intracelular de cálcio, apoptose e alguns factores do sistema imunológico. A maioria destes estudos utilizaram a aplicação exógena de níveis suprafisiológicos de corticosteróides, ou a confrontação do indivíduo com estímulos alheios ao seu ambiente natural. Contudo, possivelmente estes mecanismos também podem activar-se pela estimulação social adversa do meio natural, como confrontação, estabelecimento de hierarquias, abandono e avaliação social. Foi bem demonstrado que o stress social (SS) tem efeitos importantes sobre o comportamento e a saúde, especialmente sobre a integridade estrutural e funcional cerebral. Conclusões. O SS provoca alterações importantes no sistema nervoso dos indivíduos expostos e estas alterações podem manifestar-se através de perturbações variáveis do comportamento e das capacidades cognitivas; no entanto, nem sempre se verificam estes efeitos adversos de todos os ambientes naturais, já que as comunidades oferecem aos indivíduos apoio, protecção e numerosas vantagens.
Palabras claveCorticosteróidesDéfice cognitivoEixo HPAMorte neuronalStress socialCategoriasNeuropsicologíaNeuropsiquiatría
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