Objectivo. Os tumores pediátricos do sistema nervoso central (SNC) constituem o segundo grupo de tumores mais frequente nesta idade. Baseando-nos na classificação OMS 2000, propomo-nos descrever os aspectos clínicos e patológicos de importância no diagnóstico diferencial das distintas entidades tumorais de maior incidência na infância. Assinalamos, sobre tudo, aquelas características que justificam a necessidade de um intercâmbio de informação fluido entre neurologistas, neurocirurgiões, neurorradiologistas, neuropatologistas e oncologistas. Não abordamos as síndromas tumorais familiares, aspectos genéticos ou aquela informação clínica derivada das análises das alterações moleculares,. Desenvolvimento. Entre os tumores do SNC, existem diferenças suficientes relacionadas com a idade, como para poder considerar separadamente aqueles próprios da infância. É muito característica a sua especificidade topográfica e enquanto que 50% dos mesmos são infratentoriais, 90% dos que ocorrem em adultos são supratentoriais. Os tumores embrionários são muito frequentes na infância, mas raros no adulto, enquanto que com os meningiomas acontece o contrário. Também diferem, nos seus traços histológicos, clínica, tendência precoce para a disseminação através do sistema nervoso no decurso da doença e comportamento biológico. Estes dados levam a pensar que, na patogénese dos tumores cerebrais em crianças, são afectados factores moleculares epigenéticos diferentes do que os dos adultos. Conclusões. Torna-se necessária a abordagem multidisciplinar do facto diagnóstico e a compreensão dos critérios histológicos e a nomenclatura por parte dos profissionais envolvidos no tratamento destes doentes.
Palabras claveCriançasTumores do SNCCategoriasCáncer y tumoresNeuropediatríaTécnicas exploratorias
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