Objectivo e desenvolvimento. São frequentes as publicações encaminhadas para analisar a influência do sono e seus estádios sobre o comportamento das crises, no entanto são escassas as que estudam o efeito inverso, ou seja, o induzido pelas crises sobre a sua estrutura; a influência de múltiplas variáveis, como a presença de crises na vigília prévia ao estudo, a administração ou suspensão de fármacos antiepilépticos, as perturbações do sono na noite de laboratório ou a presença de patologias do sono concomitantes, juntamente com as dificuldades para a monitorização ou o controlo de todas elas, dá lugar a resultados variáveis nas publicações encontradas; realizámos uma rápida revisão dos componentes do sono e seus estádios juntamente com uma actualização bibliográfica da influência das crises sobre os mesmos. Conclusões. Em relação à macro-estrutura do sono, parece haver um acordo geral em que as crises generalizadas nocturnas alteram a arquitectura do sono, com redução da eficiência do sono e diminuição do sono REM, e também existe um elevado consenso sobre o impacto no padrão do sono das crises parciais recorrentes na noite de estudo, sendo especialmente sensível o sono REM; não existe unanimidade relativamente à influência das crises parciais isoladas ou das crises de vigília prévia à noite do registo. Relativamente à influência das crises sobre a micro-estrutura do sono (padrão CAP), os estudos são escassos, ficando limitados a patologias concretas. Os avanços num conhecimento mais profundo destas interacções contribuirão com dados-chave em relação ás manifestações clínicas e á fisiopatologia da doença epiléptica.
Palabras claveArquitectura do sonoCrisesMacro-estruturaMicro-estruturaSonoCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropsiquiatríaSueño
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