Introdução. O uso de tecido fetal fresco no transplante neurológico apresenta consideráveis dificuldades logísticas que limitam a sua aplicabilidade clínica, aspecto que poderia ser solucionado com o desenvolvimento de procedimentos óptimos de armazenamento do tecido que não afectem a viabilidade e a sobrevivência dopaminérgica in vivo. Objectivo. Determinar se a congelação durante sete dias influi sobre a sobrevivência do tecido mesencefálico in vitro, e compará-lo com o tecido fresco. Material e métodos. O mesencéfalo da rata foi congelado 1, 3, 5 e 7 dias a 4° C. A suspensão celular foi preparada para cultivar durante sete dias. Determinou-se o número de células TH+ presentes nas culturas frescas e congeladas.
Resultados A morfologia dos neurónios dopaminérgicos congelados e cultivados foi muito similar à das células frescas. A comparação entre a viabilidade das células congeladas com as frescas não mostrou diferenças significativas. Não há diferenças significativas entre o número de neurónios TH+ observadas em todos os tempos de congelação. A sobrevivência de células TH+ mais baixa foi atingida aos sete dias de congelação. Existem diferenças significativas (p < 0,05) entre o número de neurónios TH+ para o tecido fresco e congelado. Conclusões. A congelação a 4° C até aos cinco dias garante a sobrevivência in vitro das células TH+; tempos mais prolongados afectam-na. Este procedimento poderia considerar-se útil para a conservação do tecido humano aplicável no transplante clínico. Estes resultados são referentes a condições in vitro; por tanto, é necessário estudar a sobrevivência e funcionalidade dos neurónios congelados e transplantados em modelos animais para avaliar a sua aplicação na terapia neurorrestauradora.
Palabras claveHibernaçãoNeuróniosTransplanteCategoriasNeurodegeneraciónTrastornos del movimiento
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