Heterogeneidade clínica da doença de Alzheimer. Diferentes perfis clínicos podem predizer o intervalo de progressão
C.A. Mangone[REV NEUROL 2004;38:675-681]PMID: 15098191DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3807.2003542OPEN ACCESS
Volumen 38 |
Número 07 |
Nº de lecturas del artículo 7.465 |
Nº de descargas del PDF 1.449 |
Fecha de publicación del artículo 01/04/2004
Introdução. A doença de Alzheimer (DA) é uma demência degenerativa que pode apresentar desde o início diferentes sintomas cognitivos, comportamentais, psiquiátricos e funcionais, sustentando a heterogeneidade clínica e a elevada variabilidade do índice de progressão da DA. Apesar de critérios diagnósticos rígidos (NINCDS-ADRDA e DSM-IV), a certeza diagnóstica é de 85%. Mayeux define quatro subtipos evolutivos: 1. Benigno: deterioração cognitiva e funcional ligeira, aparecimento tardio de sinais neurológicos focais e perturbações comportamentais com progressão lenta; 2. Mioclónico: de início habitualmente pré-senil com deterioração cognitiva grave, mutismo e mioclonia precoce; 3. Extra-piramidal: aparecimento precoce de sinais acinéticos rígidos com grave envolvimento cognitivo, comportamental e funcional; e 4. Típico: gradual e progressiva deterioração cognitiva, comportamental e funcional. A identificação destes subgrupos permitir-nos-á definir o prognóstico e homogeneizar doentes para a investigação clínica e farmacológica. Desenvolvimento. Para demonstrar melhor esta heterogeneidade, revêem-se 1000 histórias clínicas de doentes assistidos no centro com o diagnóstico de provável DA. Em 42% verificou-se o subgrupo extra-piramidal, em 35% o típico, em 15% o benigno e em 8% o mioclónico. O aparecimento precoce de parkinsonismo e mioclonias predizem uma deterioração cognitiva rápida com progressão precoce a sintomas comportamentais e dependência nas actividades da vida diária (AVD). Doentes com baixa escolaridade, fraca performance cognitiva desde o início, assim como os que apresentam um rápido índice de deterioração cognitiva mostram um início precoce da dependência nas AVD. Conclusão. A baixa escolaridade, delírios, extra-piramidalismo e hiperactividade motora aberrante foram os melhores predictores cognitivos da dependência nas AVD, mas não as alucinações ou anosognosia.
Palabras claveDependência funcionalDoença de AlzheimerHarmonização de subgruposHeterogeneidadePrognóstico evolutivo do subgrupoCategoriasDemenciaDependenciasNeurodegeneración
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