Introdução. Estuda-se o comportamento das ondas N200 e P300 dos potenciais evocados cerebrais (PEC) de um grupo de crianças nascidas com peso muito baixo e comparam-se com outro de nascidas com pesos normais. Objectivos. Comprovar se a latência das ondas N200 e, sobretudo, da P300, em crianças 3 anos mais velhas, que nasceram com pesos muito baixos, poderiam servir para avaliar o desenvolvimento e o prognóstico das suas alterações. Doentes e métodos. Foram realizados PEC em crianças nascidas com um peso muito baixo como grupo e teste e noutras cujo peso ao nascer era normal, cuja diferença de idade no momento de realizar os potenciais não era estatisticamente significativa.
Resultados Avaliou-se o índice electroencefalográfico, tanto para o grupo de teste como para o de prova, e obteve-se uma diferença com um significado de p < 0,001. A latência, em milissegundos da onda N200 e da onda P300 tomadas nas mesmas localizações para o grupo de prova e para o de teste, demonstram diferenças com um significado de p < 0,001. Conclusões. Os achados no electroencefalograma e as latências das ondas N200 e P300 dos PEC das crianças com muito baixo peso ao nascer são patológicos e estão relacionadas com a imaturidade cerebral, própria desta população. Esta ferramenta poderia ajudar a detectar perturbações do desenvolvimento, e facilitar uma melhor abordagem à atenção destas crianças.
Palabras claveImaturidade cerebral de pré-termoMuito baixo peso ao nascerOndas P300 e N200Potenciais evocados cerebraisSeguimento da criança com muito baixo peso ao nascerCategoriasNeuropediatríaTécnicas exploratorias
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