Introdução. As dilatações ventriculares, sobretudo a hidrocefalia no recém-nascido, são complicações e sequelas neurológicas muito temidas pela sua acção sobre a integridade neurológica do futuro indivíduo. Objectivos. Descrever a evolução das dilatações ventriculares durante os primeiros anos de vida, assim como avaliar prospectivamente as alterações nas medições ventriculares para esta doença. Doentes e métodos. Estabeleceram-se medições do sistema ventricular em recém-nascidos com dilatações ventriculares de qualquer grau no período de Setembro de 1992 a Dezembro de 2002, no Hospital Materno-Infantil 10 de Outubro, através de estudos de ecografia transfontanelar, e estabeleceu-se um modo de seguimento, segundo o grau da dilatação, a evolução clínica e o desenvolvimento psicomotor. Todas as medições foram processadas e submetidas a análise estatística descritiva e a análises matemáticas para o caso do comportamento de cada corte.
Resultados 85,49% das dilatações ventriculares evoluíram para a remissão ou não se modificaram desde o diagnóstico. Não se conseguiu avaliar valores para a classificação das ventriculomegalias, por não se padronizarem os valores normais destas estruturas na morfometria encefálica neonatal. Não existe assimetria encefálica nesta doença e nenhum dos cortes do procedimento pode comportar-se por si só como prescritor. Conclusões. A ecoencefalografia é útil no diagnóstico e seguimento das ventriculomegalias. Estas evoluem em mais de 60% para a remissão, sempre que o diagnóstico é oportuno e a conduta médica adequada.
Palabras claveEcografiaMorfometriaRecém-nascidoCategoriasTécnicas exploratorias
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