Introdução. Os meningiomas constituem um dos grupos de tumores mais frequentes do sistema nervoso, com uma incidência que oscila entre 15 e 20% de todos os tumores primários. Trata-se de tumores de crescimento lento, aderentes à dura-máter e principalmente de carácter benigno, e incluem-se como grau I da Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, um número reduzido de meningiomas possui um carácter agressivo, com pior evolução clínica e que histologicamente correspondem aos graus II e III da OMS. Objectivos. Realizar uma revisão sobre aspectos clínicos, radiológicos, histológicos e de evolução numa série de doentes com variedades atípicas e malignas de meningiomas intra-cranianos. Doentes e métodos. Revemos retrospectivamente 12 casos de meningiomas atípicos e malignos (MM) intra-cranianos tratados entre 1985 e 2002. Todos os doentes foram diagnosticados por tomografia computorizada e os últimos nove por ressonância magnética.
Resultados A série forma-se com seis homens e seis mulheres, com idades que oscilaram entre 39 e 87 anos (média 64,3 anos). Cinco meningiomas estavam localizados na região parasagital e três na convexidade dos hemisférios cerebrais. Todos os doentes foram tratados cirurgicamente e em oito utilizou-se radioterapia coadjuvante. Em cinco casos o diagnóstico histológico foi de meningioma atípico. Conclusões. Os MM constituem entre 1 e 10% de todos os meningiomas; apresentam-se em proporções similares em ambos os sexos, contrariamente aos benignos, que afectam sobretudo mulheres. O tratamento de eleição é a dissecação cirúrgica completa, seguida de radioterapia.
Palabras claveRessonância magnéticaTomografia computorizada
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