Objectivo. Este trabalho apresenta os resultados do primeiro inquérito sobre prevalência de alterações do sono em populações urbanas da América Latina. Doentes e métodos. O inquérito foi realizado através de entrevistas pessoais e telefónicas em duas fases. Numa primeira fase entrevistaram-se 1776 indivíduos adultos com idade entre 18 a 70 anos em Buenos Aires e São Paulo. Numa segunda fase entrevistaram-se indivíduos adultos com idade entre 18 a 77 anos em Buenos Aires, São Paulo e Cidade do México (n=300 para cada cidade).
Resultados Dois terços dos entrevistados na primeira fase, independentemente da idade ou sexo, comunicaram ter padecido de alguma perturbação do sono nos últimos 12 meses. 25% dos entrevistados na segunda fase declarou ter estado afectado moderada ou gravemente pelas alterações do sono. A gravidade do problema aumentou com a idade e foi maior nas mulheres. Em média, as dificuldades do sono foram de longa duração (5 anos) e frequentes (15,5 noites por mês). Embora os indivíduos entrevistados manifestaram como desejável 8,2 horas de sono diárias, o tempo médio que se declarou foi de 5,8 horas de sono diárias. Os indivíduos mais afectados declararam perder em média 3 horas de sono por noite. O stress e outras preocupações foram identificadas como as causas principais da perturbação do sono, seguido de problemas de saúde. Todos os entrevistados reconheceram como negativas as consequências de um mau dormir para a sua saúde e qualidade de vida. Conclusão. Este inquérito indica que a prevalência de dificuldades do sono em populações urbanas latino-americanas é elevada.
Palabras claveAlterações do sonoAmérica LatinaInquéritos sobre sonoInsóniaSonolênciaCategoriasNeuropsiquiatríaSueño
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